Por Cynthia Marsola
Será que estamos prontos para ver uma ansiedade além do aspecto negativo associado: mente inquieta, coração acelerado, sudorese, medos, sensação de aperto no peito – para uma ansiedade adaptativa, a ansiedade do bem?
Esse é o nosso desafio hoje. Caso contrário, continuamos com o olhar patológico do transtorno e, na minha visão, esse olhar não transforma – continua disfuncional.
A ansiedade que nos impulsiona é uma resposta natural e saudável do nosso organismo diante de algo desafiador ou novo. Serve para nos preparar para agir, aumentar a atenção e nos proteger.
Esse é o novo olhar, um convite à uma ansiedade mais equilibrada — reconhecendo o sofrimento, mas também os recursos internos para lidar com ela.
A ideia desse novo olhar não é eliminá-la a qualquer custo, mas compreender que a emoção (ansiosa) tem uma função, a minha própria evolução e obviamente atrelado a isso, regulação emocional.
Então, como reconstruir internamente esse processo mais saudável com a ansiedade?
· Reconheça o sinal – O corpo fala. Escute os sinais da ansiedade com curiosidade, não com medo.
· Sustente suas forças – O que já te ajudou a enfrentar situações difíceis no passado?
· Desenvolva emoções positivas – Gratidão, otimismo, conexão. Elas criam “resiliência emocional”.
· Pratique o flow – Atividades que te absorvem ajudam a tirar o foco da preocupação e trazem presença no aqui e agora.
Lembre-se: a ansiedade não é para ser vencida, é para ser escutada, acolhida e transformada com sabedoria. Só assim, seu papel será cumprido – enfatizando nossas forças internas pra evoluirmos com mais consciência e compaixão.
Mas, se a ansiedade estiver constante, intensa ou interferindo em sua qualidade de vida, procurar apoio profissional é um ato de coragem, cuidado e autocompaixão.
Bons caminhos!
Abril de 2025.